segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Obrigadoooooo!


Companheiros;



O Grupo Unidos Pela Vida em Itaperuna (GUPVI) agradece sua presença e participação na 2ª Parada do Orgulho LGBT do Noroeste Fluminense em 2009.


Graças a Deus e a vocês é que nossa manifestação foi o sucesso com cerca de 7.000 pessoas.


Saudações! Até 2010!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Claudio Nascimento em Itaperuna


Dia 19 de setembro acontecerá no Auditório da Capil a partir das 13 horas o início das atividades da 2ª Parada LGBT do Noroeste em Itaperuna. O evento contará com a presença de várias autoridades, conforme segue abaixo a programação. Marque presença e deixe sua opinião expressada!


Data: 19/09 (sábado)


Local: Auditório da CAPIL


13 horas – Oficina de apresentação do Programa Rio Sem Homofobia

Palestrante: Cláudio Nascimento – Superintendente de Direitos Difusos, Individuais e Humanos do Estado do Rio de Janeiro.


Mesa de Intervenções 1 – Combate a Homofobia e direitos conquistados


Mesa de Intervenções 2 – Os movimentos sociais e a luta contra as opressões


19 horas – Encerramento


23 horas - PRÉ-PARADA OFICIAL – Itaperuna

Local: Salão de Festas ADRICAR – (Em frente a CAPIL, atrás do posto de gasolina)

Shows de Gogo Boy, Gogo Girls, Caricatas e Djs

Valor: R$ 15,00 reais

Informações pelo tel: (22) 9892-3553 – Cezar


ATENÇÃO: Entrada somente com apresentação da Identidade.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Nova Programação Oficial

[blue][b]>>PROGRAMAÇÃO OFICIAL DA 2ª PARADA LGBT DO NOROESTE EM ITAPERUNA/RJ - 2009
Data: 19/09/2009(sábado)
>>13 horas – Oficina de apresentação do Programa Rio Sem Homofobia
Palestrante: Cláudio Nascimento/RJ
>>Mesa de Intervenções 1 – Combate a Homofobia e direitos conquistados
>> Mesa de Intervenções 2 – Os movimentos sociais e a luta contra as opressões
19 horas – Encerramento

>> Data: 19/09/2009(sábado) – PRÉ-PARADA OFICIAL
Início às 23:00h
Local: Salão de Festas ADRICAR – (Em frente a CAPIL, atrás do posto de gasolina)
Shows de Gogo Boy, Gogo Girls, Caricatas e Djs
TOP DRAG CARICATA: Kayka Sabatella
Informações: (22) 9892-3553 – Cezar
::Entrada somente com apresentação da Identidade.

>>2ª PARADA LGBT DO NOROESTE
Data: 20 de Setembro (domingo)
Local: Concentração em frente ao Terminal Rodoviário
Início às 13:00h
Tema: Lutando pela vida, pelo fim da homofobia, machismo e racismo.
Informações: (22) 9914-3836/3823-7289 – Nagilla
Acesse: www.gupvi.blogspot.com

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Release da 2ª Parada do Orgulho LGBT de Itaperuna


O Grupo Unidos Para Vida em Itaperuna (GUPVI), tem como objetivo principal ser um instrumento de expressão da luta pela conquista dos direitos humanos plenos das pessoas, independente de sua orientação afetivo-sexual. Somos contra quaisquer formas de discriminação a gays, lésbicas e transgêneros, sejam elas jurídicas, sociais, políticas, religiosas, culturais ou econômicas.
Tendo em vista nosso ideal, vimos a público informar que no dia 20 de setembro de 2009 realizaremos em Itaperuna, interior do estado do Rio de Janeiro, a 2ª Parada do Orgulho LGBT do município.
O GUPVI escolheu para o ano de 2009 a temática: Lutando pela vida, pelo fim da homofobia, machismo e racismo.
A 2ª Parada LGBT será realizada com o intuito de fortalecer ainda mais a questão dos direitos humanos, buscando fortalecer a discussão e promoção da cidadania, contribuindo para a construção de uma democracia anti-homofóbica e que valorize os aspectos humanos individuais e coletivos.
No ano de 2008 o Grupo Unidos Para Vida em Itaperuna, apesar dos ataques homofóbicos veiculados por religiosos e por políticos municipais da época, promoveu a 1ª Parada LGBT de Itaperuna com o tema: "Unir os trabalhadores contra a homofobia, o machismo e o racismo.", que aglomerou mais de 5.000 pessoas. A Parada foi um marco histórico para o interior do estado e aprovada por toda população que aplaudiu a organização e o respeito dos manifestantes, demonstrando que o evento é totalmente sócio-político.
A concentração será a partir das 13h, em frente à rodoviária, em direção ao Centro Poliesportivo. Para o ano de 2009 os organizadores esperam o dobro de público do ano anterior e promoverá novas atrações no decorrer da manifestação.
PROGRAMAÇÃO OFICIAL DA II PARADA LGBT DO NOROESTE FLUMINENSE
ITAPERUNA/RJ – 2009
19 e 20 de setembro de 2009
:: Dia 19 de setembro de 2009
9 horas – Oficina de apresentação do Programa Rio Sem Homofobia
Palestrante: Cláudio Nascimento – Superintendente de Direitos Difusos, Individuais e Humanos do Estado do Rio de Janeiro.
Público-alvo: Gestores e Dirigentes de ONG`s, OSCIP.
11 horas – Intervalo para almoço
13 horas – Abertura do ciclo de palestras com Explanação sobre Stonewell
Mesa 1 – Combate a Homofobia e direitos conquistados
13 horas e 30 minutos – Mesa de Intervenções 1 – Combate a Homofobia e direitos conquistados
Participantes: GUPVI (Grupo Unidos para a Vida em Itaperuna), SEASDH (Superintendência de Direitos Individuais e Coletivos da SEASDH), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), GAEN (Grupo Atividade E´Natividade), Grupo Arco-íris.
17 horas - Mesa de Intervenções 2 – Os movimentos sociais e a luta contra as opressões
Participantes: CONLUTAS - Coordenação Nacional de Lutas, SINDSPREV, ANEL – Associação Nacional dos Estudantes, SEPE – Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, MOVIMENTO NEGRO, MOVIMENTO DE MULHERES.
19 horas – Encerramento com Coquetel
23 horas – Festa pré-parada LGBT(oficial)
:: Dia 20 de setembro de 2009
2ª Parada LGBT do Noroeste Fluminense
Tema: Lutando pela vida, pelo fim da homofobia, machismo e racismo.
Horário: 13 horas às 23 horas
Concentração: Em frente ao terminal rodoviário
Sentido: Terminal Rodoviário - Ginásio Poliesportivo.
Comissão de Organização - GUPVI

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Material da 2ª Parada LGBT do Noroeste




Adquira seu ABADÁ da 2ª Parada



Já estão à venda o ABADÁ e a BANDANA da 2ª Parada LGBT do Noroeste Fluminense. Adquira já o seu na promoção inicial.


Camiseta(ABADÁ)=R$10,00 reais


BANDANA = R$ 5,00 reais



Entre em contato pelos telefones: (22) 9914-3836(Nagilla)/(22)9968-1638 (Alex)


Lembrando que a 2ª Parada se realizará no dia 20 de setembro de 2009.



Maiores Informações: onggupvi@gmail.com



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

2ª Parada LGBT do Noroeste Fluminense


Está chegando a hora galera! Dia 20 de stembro acontece em Itaperuna a 2ª Parada do Orgulho LGBT do Noroeste Fluminense.

Após o sucesso estrondoso no ano de 2008, neste ano a organização espera atingir o dobro de público da 1ª edição.

A manifestação será cheia de novidades. Em breve disponibilizaremos aqui a programação oficial dos eventos. Contamos com sua presença!

Aguardem!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

AIDS... preocupação imprescindível!


Todo mundo está cansado de ouvir sobre as prevenções, precauções e sintomas de contrações do vírus HIV.

No entanto, segundo dados estatísticos do Ministério da Saúde, de 1980 a junho de 2007, foram notificados 474.273 casos de aids no país.

Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a incidência da doença tende à estabilização. Já no Norte e no Nordeste, a tendência é de crescimento.

É motivo de preocupação, com certeza. Precisamos mais do que ouvir, praticar as ações proclamadas.

Como diz Roberto Espírito Santo, candidato assumidamente gay à Presidência da República em 2010:

" - Surge a gripe suína, e todos querem usar máscaras. Temos quase um milhão de pessoas com AIDS e ninguém quer usar camisinha."

Então fique atento. Pense no prazer perpetuado e não momentâneo.

Seja feliz com saúde!


Por Alexsandro Soares

Ministério da Saúde lañça cartão virtual sobre DST's




O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (18) a campanha "Muito prazer, sexo sem DST" para prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. Entre as novidades está um site de cartões virtuais que permite que o usuário avise parceiros sexuais sobre possíveis DSTs.
No site www.aids.gov.br/muitoprazer, o internauta poderá enviar postais - anônimos ou identificados - para contar ao parceiro sobre uma possível infecção.
“Em geral, as pessoas têm muita dificuldade de contar que estão infectadas. As novas tecnologias de comunicação ajudam a enfrentar essas doenças de forma direta e com o mínimo possível de exposição”, afirmou em nota Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde.


domingo, 16 de agosto de 2009

LEI Nº 3406 DE 15 DE MAIO DE 2000


Rio de Janeiro - RJ
Lei 3.406/2000
Autoria : CARLOS MINC
Data de publicação: 25/05/2000

ESTABELECE PENALIDADES AOS ESTABELECIMENTOS QUE DISCRIMINEM PESSOAS EM VIRTUDE DE SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Esta Lei estabelece penalidades aos estabelecimentos localizados no Estado do Rio de Janeiro que discriminem pessoas em virtude de sua orientação sexual.
Art. 2º - Dentro de sua competência, o Poder Executivo penalizará todo estabelecimento comercial, industrial, entidades, representações, associações, sociedades civis ou de prestações de serviços que, por atos de seus proprietários ou prepostos, discriminem pessoas em função de sua orientação sexual, ou contra elas adotem atos de coação ou violência.
Parágrafo único - Entende-se por discriminação a adoção de medidas não previstas na legislação pertinente, tais como:

I - Constrangimento;
II - Proibição de ingresso ou permanência;
III - Preterimento quando da ocupação e/ou imposição de pagamento de mais de uma unidade, nos casos de hotéis, motéis e similares;
IV - Atendimento diferenciado;
V - Cobrança extra para ingresso ou permanência.
Art. 3º - No caso do infrator ser agente do Poder Público, o descumprimento da presente Lei será apurado através de processo administrativo pelo órgão competente, independente das sanções civis e penais cabíveis, definidas em normas específicas.
§ 1º - Considera-se infrator desta Lei a pessoa que, direta ou indiretamente, tenha concorrido para o cometimento da infração.
§ 2º - A pessoa que se julgar discriminada terá que fazer prova testemunhal e legal do fato.
Art. 4º - Ao infrator desta Lei ou agente do Poder Público que por ação ou omissão for responsável por práticas discriminatórias, serão aplicadas as seguintes sanções:
I - suspensão;
II - afastamento definitivo.

Art. 5º - Os estabelecimentos privados que não cumprirem o disposto na presente Lei estarão sujeitos às seguintes sanções:
I - inabilitação para acesso a créditos estaduais;
II - multa de 5.000 (cinco mil) a 10.000 (dez mil) UFIR's, duplicada em caso de reincidência;
III - suspensão do seu funcionamento por trinta dias;
IV - interdição do estabelecimento.

Art. 6º - Todos os cidadãos podem comunicar às autoridades as infrações à presente Lei.
Art. 7º - O Poder Executivo deverá manter setor especializado para receber denúncias relacionadas às infrações à presente Lei.
Art. 8º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei em 60 (sessenta) dias a partir de sua publicação.
Art. 9º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas todas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro de 15 de maio de 2000

ANTHONY GAROTINHO
Governador

Na luta contra a pedofilia sempre!


O serviço do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes (disque 100) é coordenado e executado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. O serviço funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de defesa e responsabilização, conforme a competência, num prazo de 24h. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo. Por meio do 100, o usuário pode denunciar violências contra crianças e adolescentes, colher informações acerca do paradeiro de crianças e adolescentes desaparecidos, tráfico de pessoas – independentemente da idade da vítima – e obter informações sobre os Conselhos Tutelares.

Saiba a quem recorrer em caso de suspeita de violência sexual infanto-juvenil:
>Por telefone: Disque 100
>Polícia: Em caso de flagrante, a polícia deve ser acionada imediatamente.
>Conselhos tutelares: Os conselhos tutelares foram criados para zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes. A eles cabe receber a notificação e analisar a procedência de cada caso, visitando as famílias. Se for confirmado o fato, o Conselho deve levar a situação ao conhecimento do Ministério Público.
>Varas da Infância e Juventude: Em municípios onde não há conselhos tutelares, as Varas da Infância e Juventude podem receber as denúncias.
>Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente. Delegacias da Mulher também podem receber queixas.

Pela Internet
Centro de Defesa da Criança e do Adolescente http://www.cedeca.org.br/
Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet http://www.censura.com.br/
Departamento da Polícia Federal: aceita denúncia clicando em "fale conosco" ou pelo e-mail dcs.dpf.gov.br
Ministério da Justiça: Aceita denúncia pelo e-mail crime.internet@dpf.gov.br ou em "fale conosco" no site http://www.mj.gov.br/
Rede Nacional de Direitos Humanos: http://www.rndh.gov.br/
Agência de Notícias dos Direitos da Infância: www.andi.org.br/denuncie

Fonte: ABGLT

sábado, 15 de agosto de 2009

Segurança... Você tem?

por Alex Soares
Colunista do Jornal Macaé News e Editor Geral do site Notícia G.


Nascemos iguais, vivamos iguais, para a única vitória que interessa, a vitória do amor entre os homens. Adélia Prado




Tratar de segurança não é uma tarefa fácil, tampouco prazerosa de se fazer. Estamos convivendo com realidades violentas, que até certo tempo atrás, eram inimagináveis. Pais matam filhos, filhos matam pais, pessoas são assaltadas por pequenos objetos e mata-se por apenas um tênis de R$ 25,00 reais.


Aff! Passados vinte e oito anos e ainda me espanto com situações tão corriqueiras. A história desta vez inicia da seguinte forma. Um conhecido meu recebe a ligação desesperadora de sua mãe, aos prantos pedindo socorro em sua residência. Naturalmente, sem pensar em mais nada este conhecido sai às pressas em direção a sua residência. Antes, porém me pediu para ligar para a Policia Militar solicitando que fossem em direção ao local. Foi o que fiz.


Liguei e após oito minutos fui atendido por um funcionário público (leia-se policial militar) que ao ouvir-me indagou sobre o que tinha acontecido. Imediatamente informei que não sabia o que acontecera, devido ao nervosismo da vitima que saíra rapidamente. Foi quando ouvi a seguinte fala:


- O senhor então encontre a vitima e pergunte o que aconteceu e depois entre em contato conosco.


Pluft! Morri!


Ora bolas, a que ponto chegamos! Fiquei tão irritado e aflito com a situação que se o ilustre policial estivesse na minha frente teria me decretado voz de prisão por desacato de autoridade. O que mais me revoltou foi o fato de que mesmo ao ter me identificado, informado o nome da Instituição na qual eu trabalho, re-expliquei a situação ocorrida e mesmo assim tive que ouvir novamente a orientação anterior.Acionei uma amiga para me auxiliar ligando novamente para delegacia de polícia enquanto eu tentava falar com este conhecido.


Por um lado entendo perfeitamente esta atitude tendo em vista o excesso de trote que eles devem receber diariamente. Em contrapartida existe um lado social que deve ser levado em conta. A questão da vida fica deixada de lado por uma questão protocolar totalmente dispensável. Indiscutivelmente buscamos sempre utopicamente uma paz nas outras pessoas que está na verdade dentro de nós mesmos.


Parece filosofia barata? Pode ser. Mas tenha a certeza de que a paz e a violência se constroem pelos seres humanos. As agressões e as guerras são ações humanas e não fazem parte somente da natureza individual, mas também da cultura social, na verdade é uma construção social.


Já diz o ditado: a qualidade sempre superará a quantidade. Vivemos diariamente atitudes de agressão contra nossos direitos sociais e aceitamos estas repressões pacificamente, sem qualquer questionamento. Com certeza, isso acontece devido a desvalorização e a impunidade existente. Mais do que um bando de policiais despreparados no meio das ruas, achando-se o máximo por estar usando uma farda e ser tratado como autoridade, precisamos de uma legislação atuante que puna os culpados, sejam eles quem forem.


O fim da impunidade é um passo muito mais importante para diminuir a violência do que colocar mais policiais nas ruas.Sou considerado por muitas pessoas como um ser humano arrogante e grosseiro, às vezes, na verdade sou um ser humano agressivo, totalmente agressivo. No entanto, sou um agressivo baseado na psicologia freudiana. Segundo Freud a agressividade é uma força vital a cada pessoa, necessária para superar os obstáculos e as limitações próprias do cotidiano.


A história inicial irrita pelo fato de ser uma violação ao nosso direito a segurança. Temos direito a vida, e isso não significa apenas uma garantia de que ninguém vai matar outrem, mais uma garantia de que todas as nossas necessidades fundamentais devem ser respeitadas, para que todos tenham uma vida digna. Lembram do artigo terceiro da Constituição Feral? Toda pessoa tem o direito a vida, a liberdade e a segurança pessoal. Os direitos humanos surgiram das lutas para acabar com privilégios, conseguiu?


Hoje acontece um movimento denominado de banalização da violência. Ela é tão comum, tão presente no dia-a-dia, que as pessoas não se incomodam mais com ela, pois estão acostumados com esta situação insuportável. A violência não é uma fatalidade inexorável, mas colocada pelos humanos, portanto, pode ser retirada e trabalhada pelos mesmos humanos que a constituíram, inclusive os policiais, que antes de ser autoridade, é ser humano como todos nós. Se queremos a paz, devemos nos preparar para ela.


Pense nisso!



:: Publicado na Revista Estilo Off de Itaperuna no mês de agosto.

Itaperuna e Norte Fluminense realizam primeira Parada Gay da região


As bandeiras do arco-íris tomam o céu de Itaperuna
No último dia 21 de setembro, na cidade de Itaperuna (RJ), aconteceu a Primeira Parada Gay da região noroeste fluminense, com a participação de caravanas de mais de treze municípios. A cidade foi tomada por bandeiras do arco-íris, da Conlutas, por faixas, cartazes e adesivos dizendo não ao preconceito e à discriminação e afirmando a necessidade da luta de todos os trabalhadores contra a opressão e a exploração.

Além de ser a primeira da região, esta parada teve características muito distintas da maioria das paradas que assistimos hoje em dia. Com muito orgulho, essa parada foi totalmente construída pelas entidades dos trabalhadores, o Sindsprev-RJ e o GT LGBT da Conlutas, e do movimento comunitário local.
A preparação da atividade ao longo do ano passou por todo tipo de problemas. Por ser uma região muito conservadora, com altos índices de violência contra homossexuais e travestis, os setores evangélicos, as oligarquias e elites, os políticos e a polícia locais fizeram de tudo para impedir a realização. Mas, apesar da resistência das elites e dos conservadores, a parada foi uma vitória absoluta, contando com mais de 3 mil pessoas na rua e outras tantas centenas que das varandas das casas, dos comércios e das fábricas paravam para assistir e apoiar.
Uma parada com conteúdo!
Essa parada, ao contrário das milionárias paradas que tomam o país, teve um claro conteúdo de luta. Com o eixo de combate ao racismo, machismo e homofobia, a agitação do carro de som denunciou com força a ligação entre opressão e exploração. Além de ser uma festa em nome do orgulho de ser diferente, também afirmou seu caráter de muita luta contra toda a violência que o capitalismo nos faz sofrer. Pautou ainda a necessidade de luta por direitos, a criminalização da homofobia e o oportunismo do governo Lula, que faz declarações hipócritas em favor dos setores oprimidos enquanto que capitula vergonhosamente aos setores católicos e evangélicos, à burguesia e ao imperialismo enquanto seguimos sendo discriminados.

No momento da concentração, chegou até a equipe de coordenação o informe de que os políticos locais que estão na disputa das eleições, após verem o sucesso que havia se transformado nossa atividade, estavam alardeando na cidade que as eleições já estavam ganhas e que para comemorar haviam organizado a parada. Como sempre, os capitalistas querem tirar proveito de tudo, inclusive das nossas lutas. No Carro de som foi feita uma pesada denúncia contra o oportunismo escancarado destes políticos que, depois de tentarem de tudo para emperrar a parada, tentaram tirar proveito de nossa luta contra a violência que eles mesmos nos impõem cotidianamente.

Para que não restassem dúvidas, afirmamos o tempo todo que esta era uma parada classista, organizada pelo movimento sindical, pelo Grupo de Trabalho de gays e lésbicas da Conlutas e pelos movimentos comunitários locais, uma parada totalmente independente dos patrões, da prefeitura, dos governos e das oligarquias reacionárias locais. Por isso e somente por isso, ela pôde ter o caráter que teve, de luta, de reivindicação e de afirmação da diferença.

Outro ponto importante que marca o perfil desta parada foi nossa intervenção específica para os operários. No meio do trajeto se encontrava a fábrica da Parmalat onde, em pleno domingo à tarde, operárias e operários trabalhavam intensamente. Quando a marcha passou em frente à fábrica os trabalhadores pararam em frente ao portão (onde os burocratas da chefia os seguraram) e no alto das torres das máquinas e das tubulações e ficaram atentos observando nossa passeata. O carro de som parou e houveram intervenções específicas para dialogar com estes trabalhadores, denunciando a precariedade geral que nossa classe vem sofrendo sob o governo Lula, o aumento dos preços dos alimentos e a necessidade de organização e luta por melhores salários e condições de trabalho.

Conlutas presente!
O GT-LGBT da Conlutas, desde o começo do ano, esteve ajudando, com todas as suas limitações, na organização do evento. Atividades, reuniões, jornais e todo um operativo de discussão e divulgação foi realizado pelos militantes do Sindsprev-RJ. Mesmo após a ruptura da corrente MTL (que compõe a direção do sindicato) com a Conlutas, a companheira Chris deu continuidade ao trabalho do GT na categoria, realizando um vitorioso seminário com mais de 120 pessoas para debater a homofobia, como parte das atividades, além de tocar a organização da parada ao longo do ano.

A parada ainda contou com a presença de uma delegação com membros do MNU, Sindsprev, Conlutas Nacional, Sindicato dos comerciários da Baixada Fluminense, do SEPE, sindicato de professores do RJ e da Oposição de Petroleiros de Macaé. Apesar de o movimento sindical como um todo refletir boa parte do preconceito contra gays e lésbicas, essa pequena delegação demonstra que é possível realizar a unidade entre movimento homossexual, negro, feminista e sindical e, acima de tudo, que é possível construir a solidariedade entre explorados e oprimidos em torno ao projeto de uma sociedade socialista. Essa é a proposta da Conlutas, com sua estrutura de Grupos de Trabalho sobre opressões (negros e negras, mulheres e LGBT), que está dando os primeiros passos na construção de uma nova forma de luta, que unifica a classe trabalhadora com toda a sua heterogeneidade e especificidades.

É preciso continuar a luta!
Outro ponto muito importante, que foi discutido nas intervenções ao longo do trajeto da parada, é que se levantamos nossas bandeiras neste dia, que é um no ano, a discriminação acontece ao longo de todos os dias, o que exige de todos nós avançar na organização e na luta, jogando nosso debate para as escolas, as fábricas, os bairros etc., mantendo nossa disposição de luta e enfrentamento com o preconceito no dia-a-dia.

Como parte disso, a Conlutas RJ realizará uma reunião estadual do GT no dia XX de outubro, além de estar preparando um calendário de atividades em escolas.

Uma vitória que precisa ser divulgada
Essa parada foi, sem nenhuma dúvida, uma Vitória dos que querem lutar. Seu caráter de luta, sua independência política e financeira, seu conteúdo de denúncia e reivindicação e toda a animação dos mais de três mil participantes demonstram o sucesso dessa iniciativa. Enquanto que na maioria das paradas do país é preciso pedir a permissão de ONGs burocráticas para se participar, sem direito à intervenções ou falas no carro de som, e ter que cumprir uma série de exigências burocráticas e impeditivas, desta vez todos tiveram acesso ao carro de som e ao microfone, onde puderam democraticamente se manifestar, demonstrando seu ódio ao oportunismo, ao preconceito e muita vontade de lutar. Essa é a diferença entre uma atividade da própria classe trabalhadora e as paradas milionárias financiadas pela burguesia, pelos governantes e pelos burocratas oportunistas.

Precisamos reivindicar em todos os locais de trabalho, escolas e universidades esse exemplo. É possível construir um movimento contra a opressão com caráter classista, independente e de luta. É possível unir explorados e oprimidos. É possível realizar paradas com recursos da própria classe trabalhadora. É possível resgatar a essência das paradas, de Stonewall, de luta, denúncia e reivindicação. É possível tornar a luta contra a opressão uma luta pelo socialismo!

Fonte: SINDSPREV